De acordo com os dados de pesquisas oficiais, cerca de 82% dos estudantes das universidades federais sofrem transtornos e dificuldades emocionais no decorrer da vida acadêmica. Talvez não precisassem dados: quantos de nós não sentimos no corpo e na alma a infelicidade da ansiedade, da depressão, da tensão constante, do medo e angústias... Quantos amigos não conhecemos passando por crises de pânico, distimia, desânimo, dificuldade de concentração, desmotivação para viver...? Quantos não tem sofrido de uso abusivo de drogas (lícitas ou ilícitas) sem as quais não conseguiriam levar os dias em paz? Vide rivotril, psicotrópico tarja preta que virou moda nos receituários e hoje é o segundo remédio mais consumido no Brasil! Como tem sido levantado por uma campanha do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO/FND): Não, isso não é normal.

A rotina e própria cultura universitária, hiper-produtivista, racionalista, hierarquizada, desafetiva e individualista, herança ininterrompida de uma colonização eurocêntrica-capitalista, podem e devem ser transformadas de uma cultura geradora de adoecimento psíquico para uma cultura de Bem Viver (ou Tekó Porã para os povos guaranis). O velho paradigma cartesiano ainda vigente na universidade errou, errou feio. Não existimos só porque pensamos. Existimos porque sentimos, porque sorrimos, porque amamos, porque fazemos arte, cultura, porque sonhamos. Existimos porque somos humanos em nossa Integralidade.

A Universidade tem também o dever de oferecer uma política de assistência estudantil, que poderia evitar muito desses transtornos, e especificiamente oferecer uma política de saúde aos estudantes. E por que não fazer isso de forma preventiva e universal? As Práticas Integrativas e Complementares (PICs, também conhecidas como terapias tradicionais / alternativas) tem sido comprovadas no SUS como excelente modalidade para saúde coletiva. São tecnologias seguras, não invasivas, de baixo custo, que promovem a cura do ser humano em sua integridade (física, mental, emocional, espiritual) a partir de mecanismos naturais e do autoconhecimento, com ênfase no vínculo e na reintegração do ser humano consigo, com o ambiente e com a coletividade social. E é exatamente disso que precisamos: de tempo e espaço onde possamos parar um pouco de PENSAR aquilo que DEVEMOS para SENTIR aquilo que PRECISAMOS: nosso próprio corpo, nossas emoções, a Natureza e a vida que nos envolve... sentirmos uns aos outros. E é isso que propõe este circuito, que é parte de um Trabalho de Conclusão de Curso de uma estudante do curso de Gestão Pública / GPDES como um programa a ser implementado pela SuperEst em política permanente de saúde emocional na UFRJ.

 

PROGRAMAÇÃO

 

Decisões e soluções coletivas pela COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA | SEG (05) | ALOJAMENTO | 18H30
Facilitador: Kiu Coates

PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA | TERÇA (06) | OCUPA PV | 12H
Facilitadora: Catarina Chaves

BIODANZA | TERÇA (06) | OCUPA IFCS | 17H30
Facilitadora: Nathalia Massi

REIKI COLETIVO | QUARTA (07) | CCS | 10H
Facilitadores: Nilo Pedro e Renata Lara

CAPO-YOGA | QUARTA (07) | OCUPA REITORIA | 13H
Facilitador: Nilo Pedro Nava Yauvana (EEFD)

YOGA e AUTOCONHECIMENTO ENERGÉTICO + MEDITAÇÃO DE ATIVAÇÃO DOS CHAKRAS | QUARTA (07) | OCUPA FND| 18H
Facilitadoras: Adriana Tiúba e Taís Lara

YOGA + MUTIRÃO AGROECOLÓGICO | DOM (11) | ALOJAMENTO | 9H
Organização: Barbara Rossi e Tainá Figueiredo

II Encontro de PraÌticas Integrativas e Complementares da UFRJ | 08 e 09 | CCS

 

Link do evento: https://www.facebook.com/events/331798517201080/