Os atos de contestação a medidas governamentais – sejam as que advém do poder executivo, seja as de caráter legislativo – notadamente quando aquelas são entendidas como tendo o sentido ou o potencial de diminuir o alcance e a qualidade da educação superior pública tem recebido, ao longo das últimas décadas, a adesão de boa parte das comunidades universitárias e, especialmente, das e dos estudantes da UFRJ. Tais atividades fazem parte da dinâmica democrática e são reconhecidamente historicamente importantes no processo de construção de uma Universidade nos moldes do que a sociedade brasileira tem reafirmado: plural, gratuita e a serviço de seus interesses estratégicos e direitos. Causam-nos grande contrariedade e repúdio as imagens e notícias que reportam terem nossos estudantes sofrido diversos tipos de repressão quando de sua ida a Brasília, no último dia 29, por ocasião da votação em primeiro turno da PEC 55 no Senado Federal. Consideramos que seu direito à manifestação não é apenas legítimo como parte do processo de formação para uma cidadania ativa e viva. Desde já afirmamos nossa disposição em, naquilo que couber a esta estrutura de políticas estudantis, encaminhar as demandas de atendimento à saúde física e mental daquelas e daqueles que tenham sofrido qualquer forma de violência (como buscamos fazer sempre), bem como manter o apoio para que o debate democrático sobre as políticas educacionais possam continuar a existir, dando sentido à Universidade Pública.

 

A Coordenação Superest.