Nos últimos dois meses, após o reinício das aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cresceu o número de reclamações à Ouvidoria da instituição sobre casos de violência contra estudantes que se deslocam para a Cidade Universitária, principalmente, daqueles que são usuários dos coletivos vindos da estação do metrô de Del Castilho. Entretanto, os dados estatísticos registrados pela 37ª DP (Ilha do Governador), 21ª DP (Higienópolis), 17º BPM (Ilha do Governador) e Divisão de Segurança da UFRJ apontam para uma redução na criminalidade no campus da Cidade Universitária. Em vista dos acontecimentos, a Prefeitura Universitária, responsável pela segurança nos campi universitários, esclarece que:

- A Polícia Militar, a Fetranspor e as empresas de ônibus que atendem à Cidade Universitária foram procuradas para traçar estratégias que visem a reduzir a violência nas linhas que atendem ao campus.

- Os casos de violência relatados ocorrem fora do campus universitário e não há, legal e operacionalmente, como intervir para melhoria da segurança sem recorrer às forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro.

- Para a melhoria da eficiência das polícias Civil e Militar, que atuam repressiva e preventivamente conforme a demanda dos cidadãos, é fundamental que todos os casos de violência no campus universitário sejam notificados, bem como aqueles que ocorrem nos deslocamentos até a Cidade Universitária. É com base nas informações que as forças de segurança atuam para identificar e capturar os infratores.

- O Grupamento de Policiamento Transportado em Ônibus Urbano, unidade da Polícia Militar criada para reduzir os crimes no interior da frota que atende o Rio de Janeiro, mais uma vez será procurada para que intensifique o patrulhamento.

A Prefeitura Universitária recomenda, todavia, que integrantes da comunidade acadêmica evitem andar desacompanhados e, sobretudo, notifiquem à Divisão de Segurança quando forem vítimas de algum tipo de violência. Se necessário for, em virtude da fragilidade emocional da vítima, um servidor da UFRJ a acompanhará até a delegacia de polícia.
É importante frisar que apenas relatar casos nas redes sociais ou divulgar informações sem a devida apuração favorece os criminosos que se valem do clima de medo e insegurança para realizar mais ataques. Há mais de um ano a Divisão de Segurança não registra casos de sequestros-relâmpagos no campus da Cidade Universitária, bem como são desconhecidos os casos de ataques à equipe de segurança patrimonial no interior dos prédios. Grande parte do campus Cidade Universitária é monitorado por câmeras, inclusive no interior das unidades, e as imagens são incompatíveis com os relatos propalados recentemente.
A Prefeitura da UFRJ é solidária à aflição da comunidade acadêmica e está agindo dentro dos limites legais para assegurar o direito de ir, vir e permanecer em segurança nos campi. Vale lembrar, porém, que além de preparar para o mercado de trabalho, a UFRJ forma cidadãos que devem de forma intransigente fazer valer o direito que possuem de registrar qualquer delito nas delegacias do Rio de Janeiro. A denúncia é um ato de proteção para todos.