Prezados Estudantes

Comunico-lhes que, a partir desta data, não mais ocupo a função de Superintendente Geral de Políticas Estudantis da UFRJ. Junto comigo, alguns outros ocupantes de cargos de confiança na SuperEst, também entregaram suas funções.

A razão essencial de nossa decisão foi o descompasso entre a importância que todos os que atuam na SuperEst dão à Assistência Estudantil e o papel secundário que nossa Universidade, pessoas, instâncias e colegiados, emprestam a ela. Esse descompasso, tendo chegado às raias do desrespeito ao nosso trabalho, tornou nossa permanência insustentável.

Essa situação de pouco apoio para a área da assistência estudantil, o desrespeito às normas institucionais e a opção por decisões casuísticas, contrariamente ao interesse do conjunto dos estudantes, vem ocorrendo há algum tempo, fato que já motivou, um ano atrás, a saída do então Superintendente Geral de Políticas Estudantis. Esses fatos são de conhecimento e responsabilidade tanto da Administração Central da UFRJ quanto dos Colegiados Superiores – CEG e CONSUNI.

Implementar uma política de permanência e de assistência estudantil é uma tarefa que exige empenho, seriedade, firmeza, coerência, transparência nas deliberações e no seu cumprimento e compromisso institucional com um projeto de Universidade cada vez mais diversa, plural, inclusiva e menos desigual.

A inexistência desses requisitos é clara nos entraves políticos e administrativos com os quais nos deparamos para a promoção das ações necessárias à continuidade daquilo que acreditamos ser o papel da Superest - a consolidação de uma ampla política de permanência para os estudantes - e se materializa nas precárias condições de trabalho a que são submetidos os nossos servidores. Tudo isso evidencia o grau de pouca importância que a UFRJ vem tendo com a questão da permanência dos estudantes.

Diante da impossibilidade de concordância com toda esta situação, solicitei meu desligamento da função de Superintendente Geral

Prof. Ericksson Rocha e Almendra